[Betim Rock Entrevista] Tiago Henrique


Cantor, compositor, poeta, escritor, professor. Estes atributos identificam, mas não resumem quem é Tiago Henrique. 

Cantor e compositor conhecido na cidade de Betim desde os tempos de Nostreis e pela Aninha e  seu vestido; fundador e editor da Revista Betim Cultural; escritor que lançou três livros, o mais recente Buquê Subulata; Tiago vem demonstrando que, com persistência, boa vontade e coração aberto, a união de artistas betinenses, sempre desacreditada por alguns, pode gerar bons projetos. 





Em um desses projetos, batizado de “Ensaio Autoral”, idealizado pelo Grupo Os Epígrafes (vide: http://www.facebook.com/osepigrafes?ref=ts&fref=ts)  do qual Tiago é integrante juntamente com André Paka, Ed Carlos, Iata Anderson, Jonathas Washington e Rodrigo Costa, artistas de Betim divulgam seu trabalho autoral num verdadeiro ensaio (perdoem-me pela redundância), com direito a conversas e histórias entre as músicas e erros durante elas. 


Segue a entrevista: 

Betim Rock - Qual a origem do ENSAIO AUTORAL? 

Tiago - O tempo todo somos influenciados pelas intenções que nos comovem, o ENSAIO AUTORAL é fruto de variadas ideias que observo e ouço. Paulo Ben-Hur, Geraldinho Silva, Julio Rabelo e Reinaldo Silva (Naldinho) talvez nem sabem mas são inspiradores dessa ação, o Paulo com o antigo ENSAIO LIVRE, Geraldinho com o PALCO LIVRE, o Julio/Nostreis, que sempre me dizia sobre a importância de unir as bandas desse modo convidativo e o Naldinho que uma vez me disse sobre o desejo de criar uma coletânea/publicação de artistas betinenses. Somado todas essas vertentes, incluso ao fato de hoje com Os epígrafes trabalharmos exclusivamente o trabalho próprio do grupo, nasceu o ENSAIO AUTORAL.


Betim Rock - Quem promove o projeto ENSAIO AUTORAL? 

Tiago - O ENSAIO AUTORAL é uma realização da Revista Betim Cultural, d’Os Epígrafes e do Centro Recreativo Moreno. A princípio o Luis, proprietário do CRM, ofereceu-me um espaço para que eu pudesse organizar alguns shows, isso desde 2011, quando eu ainda integrava a Nostreis. No final de 2012 fui novamente incentivado pelo Luis a realizar algo no Centro Recreativo, foi quando conversei com Os Epígrafes e propus da gente organizar um evento em que nós como banda, pudéssemos disponibilizar uma estrutura básica não inclusa no oferecido pelo CRM para convidarmos músicos a exporem seus trabalhos autorais logo após nossa apresentação. A ideia foi bem aceita e conjuntamente trabalhamos nessa direção, ajustando o de comum acordo em parceria com o Centro Recreativo Moreno e a Revista Betim Cultural.


Betim Rock - O que lhes impulsionaram a realizar esse projeto?

Tiago - O desejo de ouvir músicas novas e de promover um espaço para a realização desse conceito. Como compositor sempre achei que o país precisa de mais criação e elas existem, porém estão guardadas, talvez por falta de um movimento que valorize o novo, o inédito, o produtivamente criativo. Como músico e cidadão betinense observo que os artistas daqui fazem magníficas canções e tudo o que precisamos é passar a olhar e a valorizar essas iniciativas. É necessário regar essas sementes para que possam germinar, florescer e dar frutos para alimentar uma nova geração. A arte, sem dúvida é um caminho exímio para esse cultivo.


Betim Rock - Como se deu a escolha dos artistas?

Tiago - Fiz esses convites que se tornaram "escolhas" ao observar nos artistas uma atividade valorosa dentro desse seguimento autoral. Em minha ótica procurei convidar a todos que já vi, ou observo na cena musical de Betim. Os primeiros representantes de cada nome artístico que me retornaram, tiveram prontamente uma data reservada para participar do projeto, que inclusive continua disposto a agregar demais manifestações.


Betim Rock - Qual a importância do trabalho autoral?

Tiago - Penso que não importa o tamanho do sucesso ou da fama, a arte não deve ser apenas reproduzida, o novo precisa vir porque o mundo se renova a cada dia, a cada ser humano que nasce. Somos história, mas também somos futuro e o futuro me fascina pela oportunidade de um dia poder representar algo do mesmo modo que o passado nos representa em todo o convívio humano. É importante conciliar o tempo e notáveis artistas merecem fazer parte da atemporalidade: passado - presente - futuro. Não só de grandes nomes a arte respira, a arte acorda todo dia, quando acorda um sonhador!


Para maiores informações, segue o link do projeto:

2 comentários:

  1. Meus agradecimentos ao Bruno Bizzoni por essa publicação e a toda a equipe do Betim Rock, tão influente e precioso em nosso meio. Grande abraço, Tiago Henrique : )

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  2. Muito legal! Parabéns Tiago por toda sua contribuição enquanto agente cultural da cidade! E parabéns Bizzoni, ficou muito massa a entrevista!

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